sábado, 1 de novembro de 2025
Vitória!!!
Contar até 10
Vamos à rua!
Avô com saudades...
Faz de conta
Paúabéns a oxé!!!
Conta tudo
Puzzle e Legos
Adora, adora, adora. Fico feliz. A madrinha deu-lhe no verão um puzzle do Ruca com o abecedário, em nada próprio para a sua idade. As peças juntam-se 2 a 2 com, de um lado a imagem e do outro a letra e duas palavras, uma certa e outra errada. Por exemplo, o desenho e as opções "Bola" e "Tola". Depois, tem uma caneta especial que tem dois toques conforme a palavra escolhida. Basicamente, tem de saber escrever. Aproveitei que ela adora o encaixar de peças e brincamos a procurar as metades. A caneta é só para fazer barulho. Não há dia que eu não oiça "mãe, xenta! Xenta no chão!" para brincarmos com o bendito puzzle. Com os Legos é igual. Faz torres maiores e mais pequenas e pede-nos casas para depois encaixar mais peças por cima. O primeiro foi-lhe oferecido e era de menor qualidade. Um dia, acabei por lhe comprar um na Imaginarium, como recompensa por se ter portado tão bem na cadeirinha enquanto lhe comprávamos roupa para o frio que aí vem. Foi ela que escolheu, assim que viu a caixa, no meio de tantos brinquedos. Uma caixa maior há-de vir, prometo!Tia Joana
Oh-Oh! Opxxxxx!
Dahhhhh!...
Bolo
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Pinhões
A M. descobriu que adora esse fruto seco. Em casa do meu pai, em Santa Cruz, há um pinheiro manso por cima do seu relvado. Ele gosta de andar à cata dos ditos e ensinou a M. a fazê-lo. É vê-los a olhar atentos para o chão à procura de "manhões", de balde da praia na mão. Uma dessas vezes, o avô decidiu dar-lhos a provar. Sentou-se na mesa da cozinha, com ela ao colo, e com o martelo, foi partindo um a um, para ela comer. Parecia uma trituradora. Mas giro, foi vê-los entretidos naquela brincadeira, com o avô a falar normalmente com ela, explicando as coisas e ela muito atenta, a esperar pelo próximo "manhão", para meter à boca. Agora, sempre que lá vai, vai até à porta da garagem e pede o martelo, como quem diz, "quero comer pinhões!".
Mordomias
Cheguei à conclusão que devia aproveitar enquanto tenho a mordomia de ter uma empregada a tempo inteiro em casa que faz tudo. Passei a dar ordem para dar banho à filha e a deixar o jantar totalmente feito e começámos a ir passear para o jardim quando chegamos a casa do trabalho. Se não conseguimos chegar a tempo para isso, jantamos cedo e vamos depois a um jardim perto do metro em Telheiras.
Ainda são 2 horas de jardim agora no verão. A M. adora ir ao "dim" e pede-nos sempre para ir dar "pão aos patos". Isto porque vamos ao jardim do Campo Grande, quando temos menos tempo, por ser mais pequeno, ou à Quinta das Conchas, um jardim gigante no Lumiar, que eu recomendo. Ambos têm lago com patos. Levamos pão seco ou, se não houver,
as bolachas Maria dela servem para o efeito (são peixes finos, o que pensam?!). Parte do pão ou das bolachas não
chega a cair na água - são para a "M'ena", que as leva à boca num ápice. Ela própria parte e reparte. Se formos ao jardim maior, ainda tem direito ao escorrega amarelo e ao vermelho e a brincar com o balde e a pá na gravilha que lá há. É uma festa. A última vez, conseguiu pôr o pai a pescar primeiro a pá e depois a bola de dentro da água e eu
quase apanhei um banho de um balde que foi enchido à revelia e despejado no ar, quase por cima da cabeça dela... São fins de tardes fantásticos, com muitos sorrisos e pequenada à mistura.
Grande/Pequeno
Já distingue lindamente a diferença entre um e outro. Nos livros, constata logo a diferença entre o desenho grande, em primeiro plano, e um igualzinho pequeno, por estar em perspectiva. Ainda tentei explicar que a diferença de tamanho tinha a haver com a distância, mas desisti depressa, quando a vi a olhar para mim com ar de estranheza, como se eu estivesse a falar chinês. Esquecemos-nos facilmente que a nossa filha tem a idade que tem...
Sestas
Gasta-me o nome...
Está numa fase de incluir em quase todas as frases a palavra "mãe", geralmente num tom interpelativo, tipo "mãeiii". E repete. E repete. "A M'ena quê aga, mãe! Mãeiii! Mãeiii!", "É nôte, mãe! A 'ua, mãe! A 'stê, mãe!" (estrela). É de tal maneira, que chega a enganar-se e dirigindo-se ao pai ou à tia, diz "mãe". Assim não, filha! Gastas-me o nome!!!
Anita
Sobreviveram alguns livros da minha infância. Um deles é a Anita a Cavalo que faz as delícias da M. Já quase que consigo ler o livro sem olhar para ele... :S Ela já sabe que a Anita vai para casa do tio Filipe aprender equitação, que a sua Pi do coração é "paxida" com a Anita, que o cavalo "cacanho" se chama "isca" (faísca) e o "xinjento" "'ucão" (vulcão), que eles comem "paia" e que há lá um rato, que o "Pantuta" (Pantufa) conhece um "cau pequeno" que é um pónei (perfeito na dicção) e outras coisas mais. Depois, para quem conhece os livros de então, no lado de dentro da capa há uns desenhos de vários animais. Da primeira vez, ela adorou o jogo que inventei: eu perguntava onde estava um dos animais e ela tinha de descobri-lo e apontar. Agora, temos sempre de passar por esse ritual no final da leitura. E eu que adorava Anitas!...
Doix avôx!!!
A M. distingue lindamente os dois avôs. Sabe quem é o avô A'bêto e o avô Jão e diferencia-os bem. É giro é ela passar a vida a comunicar-nos que tem "doix avôx!". Ainda por cima, quando o meu pai vai para a terra e deixa de aparecer diariamente lá em casa à tarde, a Lúcia ensinou-lhe que o avô foi lá para cima. Então vê-se a M. a explicar, com o dedo espetado para o tecto, que "o avô A'bêto foi pa xima!"
Frases completas
Aos 21 meses, a M. começou a construir frases interinhas! Após uma fase em que falhavam os verbos ou alguma palavra menos conhecida, em que titubeava. Ela quase parecia gaga, por querer dizer alguma coisa e como não conseguia, repetia várias vezes a mesma palavra ou sílaba (o B. passa-se comigo quando eu digo isto a brincar). Agora, começou a perceber-se. Uma das primeiras frases foi engraçada. Eu e o B. estávamos na cozinha e ele beijou-me. Nisto, passa a M. por nós e, atestando um facto, afirmou com toda a constatação possível: "O pai 'eijinho à mãe". A partir daí, foi um instantinho para utilizar até os artigos definidos. Agora, já há muitos "a M'ena quê tomati", "O pai f' às concas (foi às compras)" e afins. É engraçado como já entendemos quase tudo o que ela pretende. E depois... Fazemos brilharete na natação. É que ela é a mais nova e é a que fala melhor, para não dizer que há um que nem diz ainda quase nenhuma palavra inteligível e tem mais 1 mês!... É ver as mães a gabarem-nos a filha, com olhos de inveja... ;)
Mãe! Pinta!
O vocabulário foi evoluindo também nesta matéria. Enquanto aponta para a gaveta onde os blocos de cera e os lápis de cor estão guardados, começava por pedir as "bolas", o desenho mais solicitado, para me explicar que queria desenhar, ou melhor, que queria que eu desenhasse para ela. Passou para os "pátis", tentativa gorada de dizer "lápis", passando a exigir os lápis de cor em vez dos blocos de cera, que eu com tanto carinho lhe comprei. Dão-lhe mais gozo usar... Depois, percebeu que os desenhos que lhe fazemos podem ser pintados. Assim, começou a pedir o "pinta" para fazer o mesmo pedido. Finalmente, descobriu a palavra certa. Por isso, hoje em dia, leva-nos pela mão até à gaveta, abre-a, põe-se na pontinha dos pés, toda esticadinha, enquanto vai apalpando às cegas o conteúdo daquela, enquanto pede incessantemente - "desenios, mãe!". Tudo isto para dizer que os lápis não são uma forma de controlar a nossa irrequieta pipoca, pois os desenhos são maioritariamente para serem feitos por nós, para ela depois riscalhar, "pintando" com muita arte aquilo que nós fizemos. Ou seja, temos de estar sentados ao lado dela e a seu mando desenhar uma bola, uma pêra, um pato, uma flor, eu sei lá... Isto se depois não receber uma ordem a dizer "pinta, mãe!". É claro que nós a incentivamos ao "do it yourself", mas sempre connosco ao lado. Há que ver as vantagens: adquiri uma apetência que não tinha... A colega de sala já me topou e goza com os treinos quando estou ao telefone a desenhar distraidamente florzinhas. :)
Não cai!
A M. é muito cuidadosa em determinadas situações, por vezes até demais. Devido a uma escorregadela, descobriu que o chão de mosaico molhado é muito escorregadio. Ficou cheia de medo de cair, não importa onde. Se estiver em pé de alguma coisa e eu lhe disser para ter cuidado, ela repete logo "Cai" com um ar muito entendido, enquanto acena com a cabeça para cima e para baixo, agarrando-se a nós com firmeza. Se o chão da casa-de-banho estiver molhado, começa logo a olhar para o chão, a andar meia marreca e meia aflita, confirma-me que o "schão tá moiado! Cuidado! Cai!", pondo-se a andar dali para fora. Já se estiver sentada, olha para mim com uma cara de sabida, explicando-me que "não cai!"...
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Traumatismo craniano
- A vigilância após o traumatismo craniano não termina no hospital. A criança deverá ser acompanhada em casa, por um adulto responsável durante as primeiras 24 a 48 horas a seguir ao traumatismo craniano, estando atento aos seguintes sinais/sintomas:
- - cefaleias intensas/fortes dores de cabeça;
- - alteração na sensibilidade dos membros (falta de força);
- - vómitos compulsivos (mais de 4 ou 5 vezes pelo menos);
- - visão de duas imagens;
- - agitação ou comportamento diferente do habitual;
- - alteração da consciência ou sonolência excessiva;
- - convulsões;
- - emissão de líquido claro anormal pelo nariz ou ouvidos.
- Explicou-me a pediatra que pancadas secas na farte frontal da cabeça, mesmo fazendo galos gigantes no segundo a seguir à pantufada, dificilmente provocarão um traumatismo craniano, pois é uma zona muito, mas mesmo muito dura. Já a parte parietal (os lados da testa) é muito frágil. Se acontecer uma cabeçada mais forte, esperar, não pelo galo, mas sobretudo pelos primeiros 4 sintomas que estão acima descritos. Quanto ao ficarem muito parados e com pouca reacção, é preciso saber distinguir o que é reacção à dor e o que é alteração da consciência. Isto porque por vezes a dor é tão forte, que podemos ter uma reacção vagal, que pode incluir ficar sem forças, suar, ficar com a temperatura baixa (suores frios) ou com a visão meia enublada, deixar de ouvir normalmente, ficar tonto e por vezes chegar a desmaiar. É uma reacção nada grave, que por vezes acontece associada a qualquer dor intensa, que passa rapidamente se nos deitarmos, de preferência com as pernas mais elevadas.
Vómitos
- O QUE É O VÓMITO? O vómito define-se como expulsão esforçada, voluntária ou involuntária, do conteúdo gástrico, pela boca. Habitualmente é precedido de náuseas e acompanhado de palidez, aumento da frequência cardíaca, “suores frios” e prostração. Independentemente da causa, vómitos persistentes podem desencadear a desidratação.
- COMO AVALIAR A DESIDRATAÇÃO?
- Para reconhecer se a criança está a ficar desidratada deverá ter em atenção a presença dos seguintes aspectos/sinais:
- - Irritabilidade ou prostração;

- - Sede mais acentuada que a normal para a criança;
- - Olhos encovados;
- - Mucosas (língua, lábios …) pouco húmidas ou secas;
- - Presença de prega cutânea;
- Pinçar o abdómen da criança e observar o retorno da pele, quanto mais lento maior a prega cutânea.
- Se observar estes sinais e/ou se os vómitos persistirem contacte o médico.
- O risco de desidratação é mais elevado quando a criança:
- · Faz aleitamento artificial (uma vez que o aleitamento materno confere factores de resistência à infecção ao contrário do aleitamento artificial);
- · Tem idade inferior a 12 meses;
- · Está mal nutrida;
- · Tem um número de vómitos igual ou superior a 3 por dia;
- · Tem um número de dejecções igual ou superior a 6 por dia.
- A prevenção da desidratação pode e deve ser iniciada pelos pais e pelos prestadores de cuidados às crianças, logo que se instalem os primeiros sinais de doença.
- COMO TRATAR OS VÓMITOS?
- Nas crianças, o uso de antieméticos não está indicado, salvo em situações muito excepcionais e com indicação médica, uma vez que não é eficaz e pode ter efeitos secundários graves. O tratamento dos vómitos passa pela prevenção e correcção da desidratação e realimentação. Assim, os pais deverão fazer uma pausa alimentar, após o vómito, durante um período de uma hora (reiniciando pausa sempre que tenha um novo vómito). Após a pausa alimentar, oferecer um pacote de açúcar ou uma bolacha Maria com doce. Passada mais meia hora, iniciar muito lentamente a rehidratação oral, dando uma colher de sopa de cinco em cinco minutos durante uma hora de uma das seguintes formas: aleitamento materno, solutos polielectrolíticos e glicosados (ex.: acessíveis nas farmácias sem prescrição médica: Miltina, Dioralyte ou Redrate) ou água chalada (chá preto fraco açucarado, que se faz fervendo 1 litro de água durante 10 minutos, ao qual se junta uma saqueta de chá preto durante alguns segundos, 4 colheres de sopa rasas de açúcar e 1 colher de café rasa de sal). Depois, iniciar gradualmente uma dieta ligeira e pobre em gorduras, em pequenas quantidades não forçando a criança a comer.
- Se amamenta o seu filho, continue a fazê-lo como habitualmente.
- Se os vómitos persistirem, sobretudo em crianças pequenas, apesar de cumpridas as indicações acima referidas contacte o médico.
- QUANDO IR AO MÉDICO?
- É importante saber que por si só os vómitos não são sinónimo de gravidade. Os pais devem recorrer ao médico se verificarem as seguintes situações:
- · Criança com idade inferior a 3 meses;
- · Mau estado geral;
- · Agravamento dos sinais de desidratação;
- · Vómitos recorrentes mesmo em pausa alimentar ;
- · Intolerância da criança à hidratação oral e realimentação (por manter vómitos, ingestão insuficiente ou recusa alimentar);
- · Vómitos com sangue;
- · Diminuição da quantidade de micções e volume das mesmas .
- De forma a transmitir uma informação mais detalhada os pais devem, ainda, ter em atenção os seguintes aspectos:
- · Circunstâncias em que ocorre o vómito e relação com refeições (ex.: desencadeado por tosse; em jacto; induzido – “puxar o vómito”);
- · Qualidade do vómito (ex.: alimentar; bilioso, com secreções, sangue vivo ou digerido);
- · Se os vómitos ocorrem com dor de cabeça associada, de madrugada ou ao levantar da cama;
- · Número e frequência dos vómitos;
- · Sintomas associados: febre, diarreia, dor abdominal, cefaleias, convulsões, dores de ouvidos, dores de garganta, tosse, dispneia, disúria…;
- · Medicação que está a fazer (antibióticos, analgésicos, anti-epiléticos);
- · Possibilidade de intoxicação;
- · Novos hábitos alimentares (diluição dos biberões; quantidade excessiva de nutrientes e eventual introdução do novos alimentos na dieta);
- · Factores psicológicos (perdas ou mudanças recentes, relação com os pais, ansiedade nas refeições).
Diarreia
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Cábulas
A pediatra da M. continua a marcar pontos. Das várias vezes que a nossa filha ficou doente, ela teve sempre a paciência devida para pais de primeira vez e no fim da consulta, explicou tudo o que devíamos saber sobre o assunto que ali nos levava, entregando no fim um papel com a informação toda. Ficam aqui as dicas para as eventuais futuras dúvidas.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Bacio
Já começámos a tentar pois a M. mostrou-se muito desconfortável com a xalda xuja.
Achámos que a dica da pediatra fazia sentido: ou um bacio ou um redutor para a sanita com apoio para os pés (como ela muito bem disse: não é fácil fazer força com os pés no ar...). O B. foi à procura do bacio especial. Depois de muita pesquisa na net, procurou e optou pelo da BabyJörn (eu ia pelo da loja dos 300 - bacios são bacios...), que tem uma divisória anti-salpicos e o centro sai para se despejar mais facilmente. Como não havia rosa, veio um todo branco. Nunca pensei que houvesse toda uma filosofia na concepção de um simples bacio!... :)
Na Cadeira de Bacio BabyBjörn® a sua criança pode estar sentada o tempo necessário. Com a concepção ergonómica e as formas suaves, a cadeira torna-se um bom início de uma vida sem fraldas, para a sua criança. A cadeira tem encosto alto, apoio cómodo de braços e espaço suficiente para as pernas. O bacio interior é fácil de retirar, esvaziar e limpar. Tem uma protecção anti-salpicos eficaz que faz com que nada saia para fora. Tem ainda uma tira de borracha por baixo que mantém a cadeira
de bacio estável no mesmo lugar.
Babete novo
Cadeira nova
Precisávamos com urgência de uma cadeira para a M. comer fora de casa. Nenhum de nós comia sossegado em casa dos avós ou num restaurante que não tivesse cadeira, porque a M. não pára quieta. Não estando amarrada, representa disparate na certa. Para terem noção, tal como os meus pais há 35 anos atrás, bebemos café à vez, para segurar nela à vez senão, ou está em cima da mesa, ou está na rua... As cadeiras normais, que se encaixam nas mesas, não são uma boa solução, pois nem todas as mesas se adaptam a este sistema.
Costumamos ir a um restaurante na pontinha que tem umas cadeiras muito jeitosas e, um dia, perguntámos onde comprar uma, pois nunca as tínhamos visto à venda. Deram-nos o site e depois de telefonar, fomos à única loja que representa esta marca em Lisboa, na Av. João XXI. Descobri uma loja fabulástica, com imensos jogos didácticos e lindos de morrer. Acho que vou lá gastar parte da minha fortuna. Para além disso, tinham de facto as ditas cadeiras. Se pedirmos factura para restaurante ou comerciante, ainda temos direito a desconto. São carotas (cerca de 75€ sem o desconto), mas fantásticas. Adaptam-se a quase todas as cadeiras, pois aumentam e diminuem de tamanho conforme a necessidade e são altamente seguras pois ficam presas à cadeira por um cinto que passa por baixo daquela. Recomendo vivamente! A M. também gostou, pois finalmente pode sentar-se à mesa sozinha e quando chega a hora de comer, comunica que vai comeri na queda nova...
http://www.golpedegenio.com/HandySitt.html
Pirraça do tio
O tio F. adora fazer-lhe pirraça. Se a M. chora por birra, ele começa a imitá-la até a ver bem irritada. Ela não pára de chorar, pelo contrário, com os nervos aumenta o volume. Depois temos duas vertentes: se estiver a chorar ao colo do pai, levanta a mão e bate no pai, com cara de má para o tio. Se estiver ao meu colo, levanta a mão, ouve um "Madalena!" à laia de aviso seco e consiso da minha parte e fica com a mão no ar sem saber o que fazer. Ao tio é que não levanta a mão...
Manhosa
Portou-se mal. Peguei na mão dela e dei-lhe uma palmada na palma da mão. Repetiu a façanha, Voltei a dar. Voltou a repetir com ar de desafio. Voltei a dar, sem me demover. À terceira, virou-me costas sem emitir som, foi até à porta da casa-de-banho e chorou para o pai... Preciso de tecer mais comentários?...
Bio!
Dicas
A M. já dá dicas. Quando não a percebemos, ela repete a palavra várias vezes. Se continuarmos sem preceber, arranja uma palavra alternativa para percebermos. Por exemplo, "ua" tanto dá para lua como rua. Se eu perceber rua e ela quer dizer lua, depois de alguma repetição, faz um ar paciente e diz "nôte", ou seja noite, para eu perceber que é algo relacionado com a noite, logo é a lua. Esperta, não?! :)
Estrada
A M. sai a mim sem tirar nem pôr em muita coisa. Uma delas é a sua irrequietude non-stop. Eu, com a idade dela, andava de trela. Cor-de-rosa, é certo, mas mesmo assim, trela. O meu pai ouviu muitas bocas e diz que a todas respondia igual: "ature-a você!". Isto porque um dia, depois de muitos dias parecidos, com dois anos, em pleno Chiado, em 1974, quando ainda não havia centros comercaiis e por isso a Baixa pombalina era o centro do mundo, na altura do Natal , soltei-me da mão dele e fugi rua abaixo. Diz ele que consegui fintá-lo por entre as pernas das pessoas e que só me conseguiu apanhar no Rossio, parada à beira da estrada, a olhar para cima, à espera que algum adulto me desse a mão para atravessar a estrada. Esta proeza - esperar por uma mão adulta - foi-me incutida desde sempre já por causa desta minha particularidade de fugir a correr. E resultou. Tendo em conta que a M. foge a correr assim que se apanha fora do carrinho, transfiro para a filha a mesma preocupação. Assim, a lavagem cerebral já começou. Sempre, mas sempre que estamos à beira de uma estrada, paro, baixo-me e pergunto-lhe o que é aquilo. Ela já sabe e responde: "a mão" prontamente. E eu repito "muito bem, é a estrada, por isso tens de dar a mão". O conceito já apreendeu. Aplicar na prática está mais difícil. É que a M. adora gozar connosco e uma das maneiras que arranjou foi precisamente esta. Correr para o meio da estrada. O que vale é que faz isso sempre à porta de nossa casa, numa estrada de estacionamento, onde raramente há carros. Nas outras nunca tentou. Mas cada brincadeirinha destas dá direito a castigo e a uma repreensão dura e séria com muitas ameaças de dói-dói pelo meio. Acaba por me dar a mão mansamente para atravessar a estrada. Irra, é cada corrida que damos!!! :S
O futuro deles
Aderi ao movimento cívico LimparPortugal. Mandei a todos e mais alguns um convite e sei quem não aderiu. Sem qualquer desmérito por ninguém (continuo a gostar de todos vocês na mesma!!!), tenho pena que nem todos tenham a mesma consciência cívica, ecológica e até humana. Tudo começou com um mail que circulava na net com um filme do YouTube a mostrar que a Estónia conseguiu limpar as suas matas em apenas 5 horas, graças a 50.000 voluntários. Achei extraordinário ver do que os Homens são capazes quando querem. Comentei com a colega de trabalho que seria a primeira a aderir se algo surgisse assim em Portugal. Surgiu. Aderi logo conforme prometido. E prometo que, a não ser que esteja com 40º de febre, estarei lá no dia marcado. Tudo começou porque uma pessoa, Nuno Mendes, decidiu lançar o mesmo desafio aos membros do seu LandMania Clube de Portugal e este aceitou o desafio. A data prevista é dia 20/03/2010 e é uma iniciativa séria e cheia de vontade. Bem sei que muitos acham que isto está mal, mas não assim tanto, ou que alguém vai tratar disso por nós, ou que não percebe o suficiente para se pronunciar. Também haverão muitos que não acreditam que esta iniciativa vai se concretizar, que de boas intenções está o inferno cheio ou até mesmo que é preciso primeiro limpar em casa e depois na rua e o tempo é escasso. Fica aqui um site e um filme que devem ser vistos. Quem sabe, com dados concretos e referências reais essa consciência não surja?... É o futuro da M. e dos nossos filhos que está penhorado por nós e pelas gerações anteriores. Há que remediar isso, nem que seja em pequenas grandes acções destas... Pensem nisto muito a sério e depois de sorrirem por verem mais uma vez a Cristina a delirar, vejam e oiçam com atenção o filme de 20 minutos que aqui deixo. http://www.storyofstuff.com/index.html
Rua
Quando estamos em Quiaios ou em Santa Cruz, a M. só quer uma coisa: rua. E para que não haja dúvidas, massacra-nos o juízo até conseguir a soltura para o jardim correspondente. Ambas as casas dos avós têm jardim e muita coisa para descobrir. Comer na rua é uma delícia para ela e um desespero para mim que passo a vida a chamá-la para mais uma colherada de sopa. É que há muito que fazer e por isso entre mastigadelas, corre, apanha pedras, mexe na terra, eu sei lá. As suas brincadeiras preferidas são mexer na terra, andar com a vassoura, brincar com as conchas que a avó tem num canteiro, melhor dizendo, tinha, e andar com uma bola, não importa qual, desde que se assemelhe a algo esférico. Em Quiaios teve uma desaventura com urtigas e por uns tempos - poucos - apontava para as plantas e dizia picos enquanto se afastava. Em ambas as casas, descobriu os caracóis, os caroços, as árvores de fruto, as formigas, as lagartas, a lama, ficar suja até dentro da fralda, provou terra e outras coisas que eu nem quero saber. Se estiver comigo (o pai não é tão liberal), é sujar até um não acabar, ficar com as unhas nojentas e precisar de um banho para almoçar, lanchar ou outra coisa que não seja brincar no jardim. Este fim-de-semana, em Santa Cruz, foi descalça para a horta do avô, apanhou alface, brincou com o balde na terra e eu enchi-lhe o regador vezes sem conta para regar as couves. Fizemos bolos com a lama e as formas dela da praia e quando já estava imprópria para consumo, enchemos a mini-piscina do Ruca que comprámos no ano passado com água quente da torneira e ela "nadou" antes de almoçar. Saiu a terra, qual o problema?! O resultado? A minha tia estava a falar com ela à mesa e ela já nem segurava a cabeça do sono que a invadia sem dó nem piedade... Só à noite a seguramõ dentro de portas e é porque já é de noite.
Cavalos
Adora animais. Os cavalos estão incluídos nesta sua paixão. Em Quiaios, fomos ao centro hípico, algo familiar e um pouco entregue ao Deus-dará. Entrámos na cavalariça sem ninguém por perto e por isso, fizemos festinhas em quase todos os cavalos que lá estavam. A M., ao colo do pai, foi vendo, até estender a mão para fazer o mesmo. Dava guinchinhos de contentamento e andava feliz da vida a fazer festinhas a um e a outro cavalo. Mas houve um especial. Um cavalo enorme preto que se encantou pela nossa M. e que a seguia com o olhar para onde quer que o B. se virasse. Ela, em contrapartida, só queria aquele - "cau pêto!". De tal maneira, que ainda hoje quando fala em cavalos, menciona logo o cavalo preto que viu naquele dia. Contei a história ao avô, que depressa arrematou: "ai sim? Então quando tiveres idade ensino-te a andar a cavalo.". Aqui a mãe, insurgiu-se. Passei a minha adolescência a pedir isso mesmo, para levar sempre com a mesma resposta: "ponho-te na equitação se quiseres". A burrinha, por questão de teimosia nunca foi e por isso à conta das casmurrices não sei andar a cavalo... Quando lhe atirei essa ao ar, remediou logo "Pronto. Ponho-te na equitação na GNR", olhando para ela. Menos mal... :)
'Roz!!!
Já aqui ficou bem claro que a M. adora comida. Arroz não é excepção, tendo-se passado o seguinte episódeo à conta do seu apetite voraz. Temos o hábito de pôr no parapeito da janela os restos de comida que sobraram da refeição. É uma maneira de juntar tudo para colocar no frigorífico de uma só vez. Até aqui tudo bem, nada de anormal. Problema? A M. já chega a este parapeito... Quando demos conta, estava sentada no chão, de tupperware cheio de arroz entre as pernas, a lambuzar-se. Isto depois do jantar!!! Escuso de dizer que a partir daí não ficou mais nada naquele parapeito. Ou melhor, houve alguns esquecimentos, que implicaram semi-corridas para apanhar as várias caixas antes de chegar ao chão... Ufa!...
Méda!
É verdade... Táo pequena e a minha filha já aprendeu a palavra... Não tenham pensamentos pecaminosos! São moedas!!! Ai essas cabeças!... Temos uma bilha em barro gigante em casa, que é suposto ir enchendo, com o intuito de um dia fazermos uma viagem. A primeira demorou 2 anos a encher e quando a partimos à martelada (foi uma festa!), tinha mais de 1000€... Esta foi comprada logo a seguir, mas encher que é bom estava mais escasso. Agora, com a M., tornou-se quase um movimento cívico... A M. aprendeu que as moedas se pôem na bilha e por isso, basicamente, crava todos os que passam lá por casa, pedinchando médas para a bia. E ninguém, ou quase niguém, tem coragem de lhe negar uma. Tem dias que me aparece na sala a arrastar a minha mala a pedir as ditas cujas!... É ao ponto de ver a M. a sacar dos porta-moedas e virar de cabeça para baixo, sacudindo fortemente, para confirmar que já não há mais... À filme, mesmo!... É claro que só tem autorização para fazer isto com a tia e o avô, porque os próprios deixam. Com a restante população só pede. O normal é lembrarem-lhe e ela passa ao ataque. Excepção feita ao desgraçado do meu padrinho, que já está velhote, e aquando da visita, tirou o porta-moedas para lhe dar uma nota. Ela, ao longe, viu luzir as amiguinhas do coração e gritou "médas!". Os meus padrinhos ficaram parados a olhar para mim, enquanto eu explicava. Então, o senhor decidiu ser amigo e deu-lhe uma moeda. Mas a criança não se contentou. Então se havia lá mais, porque lhe estava ele a dar só aquela. Não interessava se era a maior... Foi uma risota para todos e uma vergonha para mim, vê-la a rapinar moeda a moeda, até deixar a bolsinha vazia, virada ao contrário, com ar espantado por já não cair mais nenhuma... Eu a ralhar e a minha madrinha a dizer para deixar estar. Nem imaginam... Resumindo: a bilha já não é nossa, é da M. Ou seja, já não há viagem, mas a vantagem é que assim está a encher e bem depressa!!! :)
Amigos
Também já tem um elenco de nomes que associa aos amigos que a acompanham. Tem o grupo nuclear da ginástica que consiste na Mia(Margarida), na Pita (Filipa, mãe desta), na Anana (Joana), no Io (o prof. Rodrigo), no Quico e no 'Ui (Rui, pai da Joana). Depois, tem a Tita e o 'úbe, a Letícia e o Rúben, filhos da Lúcia, que já foram lá a casa passar o dia com ela. Finalmente, tem o 'cádo... Este é o pai da Margarida, que ela viu muito poucas vezes, mas que ela nunca esquece e inclui no grupo da ginástica, apesar de nunca o ter visto lá, apenas por ser pai da amiguinha que ela vai ver no ginásio...
Guta
A Guta é a Lúcia, a sua ama do coração, que costuma entrar no rol de familiares em 3.º lugar... Foi uma guerra aprender o seu nome. Enquanto que quase que nem foi preciso repetir os outros todos para ficarem na memória, este estava difícil. Repetia eu, repetia a ama e, nada, para tristeza desta, que via todos com nome, menos a pessoa que mais tempo está com ela. Um dia, cheguei a casa e a Lúcia sorridente, inchada mesmo, comunicou-me que era a Guta. Agora, já vai evoluindo para Guxia. Como penso que a amiga prefere ficar com um diminutivo carinhoso, tal como a tia S. que prefere "Pi", não corrijo e vou-me referindo sempre à Guta, em vez de Lúcia. Tem dias que a M. chega a casa e chama por ela, mesmo se esta já se foi embora. Depois de confirmar que aquela não está em casa, lá afirma que a Guta de nôte pa caja Tita e 'úbe comeri babis e pêias (tradução: vai para casa da Letícia - filha mais nova - e do Rúben - filho mais velho - comer bolachas e pêras...) :)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Pequenos milagres
A M., como todos os seres vivos, é um pequeno milagre. A diferença entre a M. e estes, é que ela é o Nosso pequeno milagre. Eu e o pai participámos e participamos diariamente para que continue a sua jornada e a conquista de pequenos grandes passos. Mas nem tudo é da nossa autoria e estou convicta que, por vezes, é ela que participa para que nós consigamos pequenos milagres. A exemplo disso, foi a sua última vitória, e digo vitória, pois será ela quem mais ganhará com este milagre em concreto. O pai e o avô fizeram das tripas coração e tentaram. O avô começou e o pai arrematou e conseguiram. Foi uma prova do que sentem pela filha, pela mulher e pela neta e uma prova do que são capazes. Mas é certo que isso só foi possível graças ao pequeno milagre que é a M. É engraçado como um pequenino milagre conseguiu tão grande milagre... E ainda bem. Ganhámos todos com isso - menos solidão, menos tristeza, uma maior participação na sua vida e uma coisa chamada Família, algo que já fazia falta há muito tempo. A ela, já lhe agradeci directamente. Aos outros: em meu nome e no da minha filha, um muito obrigada aos dois por mais este esforço e esta prova de Amor.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Tem medo!
A M. deu em medricas... Aprendeu a palavra "medo" com o chuveiro. Estava a tomar banho comigo e eu liguei-lhe o chuveiro para ela o poder segurar, enquanto eu me esfregava. Não quis, rabujando um bocadinho, com uns "não! não!" pelo meio. Perguntei-lhe se tinha medo do chuveiro, ao que obtive uma resposta afirmativa. Aprendeu a palavra. Um dia, chegámos a casa estava o pai a aspirar o chão. Entrou, encostou-se à porta da rua e não se mexeu dali enquanto aquele barulho não acabou e o pai não desligou o "Dôí". Depois disso, passou a ter medo do aspirador. Ao ponto de uma noite ter de adormecer de luz acesa, de mão dada, a olhar para mim, muito quietinha, por causa do malfadado electrodoméstico! Passava pelo armário da cozinha, onde o dito está arrumado, e afastava-se a dizer "tem medo". "Medo do quê, M.?". "Dôí...". Depois disso, a tia S. foi com ela à Worten e andou de volta dos aspiradores, para lhes fazer "festinhas"... Tantas fez que já se habituou à ideia daquele electrodoméstico amigo. Um dia, dei com ela a a chegar-se devagarinho ao aspirador e a tocar-lhe devagarinho. Afastava-se, ficava a olhar e voltava à carga. Agora, o discurso mudou: "Não. Não tem medo.". "Não tens medo do quê, M.?" "Dôí!", com um ar de vitória. Boa, M! Mais uma conquista!!!
Cores
Já conhece uma catrefada delas. Graças ao lápis de cera de abelha que lhe comprei - são uns blocos rectangulares, não nocivos e que não se partem, com 8 cores - a M. aprendeu num instante. Comecei na ginástica a bater nos colchões coloridos, enquanto dizia as cores respectivas. Ela achava graça à brincadeira e ia batendo atrás de mim, à espera que eu gritasse "azul!". Depois, começámos a dizer as cores de tudo o que nos rodeava, primeiro as primárias, depois outras mais difíceis. Com os lápis, arrematámos. O pai arranjou um jogo engraçado que refinou a capacidade: como ela adora bolas, mesmo desenhadas, ele fazia uma bola de cada cor e depois pedia-lhe para pôr o respectivo lápis em cima da cor correspondente (esperto, não?). Conhece o preto, o branco, o azul, o roxo, o amarelo, o verde, o vermelho, o castanho, o laranja, o rosa e o cinzento. Aprendeu por esta ordem, o que fez com que na consulta dos 18 meses, quando a pediatra perguntou se ela já sabia alguma cor, a M. identificou um brinquedo roxo. O espanto da médica foi o de ela não conhecer, na altura, a cor das meninas - o rosa... Tive de explicar que os lápis dela não tinham essa cor, mas sim o roxo, daí conhecer uma cor tão pouco evidente para um bebé e não reconhecer uma bem mais evidente para a maioria da população...
Adormecer
A M. ainda adormece acompanhada. Primeiro, já no quarto, às escuras, tenho de lhe dar "miminhos", afagando-a ao colo, enquanto canto algumas canções infantis reduzidas quase aos refrões. Ela enfia a cara no meu pescoço, esconde o dô-dô entre o meu peito e ela e ali fica a respirar profundamente. Depois, digo-lhe que está na hora de ir para a cama e, após uma pequena negociação, lá vai resignada, com a certeza que eu fico ali. Tenho de ficar no puf até ela adormecer, e por vezes, até tenho de lhe dar a mão ou segurar-lhe nos pés. Isto, após uma ordem concisa que apenas diz no escuro: "mão!". Nunca consigo sair à socapa, até porque ela vai-me dirigindo a palavra e só depois de um bom bocado, quando eu me zango e quando ela já está mesmo quase, quase a adormecer, é que ela se cala de vez. Saio do quarto sem leh mexer pois pode acordar por dá cá aquela palha e depois é um inferno. Quando me vou deitar, entre 1 e 2 horas depois, vou sempre espreitar a filha. Só temos esta janela temporal para lhe mexer e mesmo assim sem grandes sacudidelas. Mudar-lhe a fralda a meio da noite implica acordar, por isso, evitamos. Ponho-a com a cabeça na cabeceira da cama - costuma adormecer ao contrário para me poder ver no puf - e tapo-a. Agora no verão, nem chego a tapá-la, pois ela transpira desalmadamente e ao fim de 5 minutos, se lá for espreitá-la, o lençol já voou... Depois, o ritual é sempre o mesmo: afago-lhe a cabeça e digo-lhe para dormir bem, com os anjinhos e com a avó, para depois dizer uma reza antiga - "Anjo da guarda, minha companhia, guarda a minha alma de noite e de dia". É estranho eu fazer isto, mas sem saber explicar melhor, acho que devo... Mal não faz, por isso... Acabo com um beijo na testa ou onde consigo chegar. É a parte que mais gosto, pois normalmente tenho direito a um suspiro profundo como resposta. Um suspiro que me enche por completo e me rouba inevitavelmente um sorriso. Tem uma boa noite, M.









